sexta-feira, 20 de novembro de 2009

NA PALMA DO CORAÇÃO



Alessandra s.l. Nascimento

Abri mão da minha vida
Para fazer todo mundo feliz,
Abri mão do meu mundo,
Do meu sonho, de mim.
Não fiz ninguém feliz,
Não tive um mundo,
Não tive sonho,
Não tive nada de mim,
Não fiz nada da minha vida,
Abri mão das minhas coisas importantes,
Abri mão do meu tempo,
Abri mão, abri mão, abri mão.
E cheguei à conclusão que valeu,
Porque eu acreditei que seria querida,
E Não consegui nada da minha vida,
A não ser abrir mão de mim, do que sou, do meu eu.
Não agradei todo mundo,
perdi o meu mundo e o meu mundo se perdeu.
Não fiz diferença, não fui aceita, nem recebi atenção.
Lutei de maneira errada pela felicidade
Fiz tudo para os outros e me esqueci.
Esqueci que fazia parte do mundo,
Que eu também era gente, com vontades, que uma vez na vida fazê-la não era ruim. Eu mesma me preteri.
Cheguei a uma triste conclusão:_
Não sei fazer diferente, não sei pensar em mim, não sei escolher o quero , faço tudo que acho certo e pago o preço caro em achar que sempre o outro tem razão.
N essa minha vida o que faço melhor, é o que esperam de mim…
Abrir mão, abrir mão, abrir mão .
Na minha lápide, se é que vou ter uma,
Abri mão de enterro, funeral e caixão,
vou me doar para estudo, é o meu desejo.
Como nunca fazem do meu jeito, talvez, escrevam frases sem sentido, sem nexo de mim.
Seria bom se escrevessem, abriu mão do tempo, da vida, da razão, viveu para fazer o mundo feliz e foi feliz com o teve, apesar de não ser ninguém, de não ter nada, até o ultimo momento não ter agrado, porque até da esperança abriu mão, não se arrependeu em ter se entregado de cara limpa , de mão aberta ,de alma e de coraçao.